sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quando as coisas começam a se encaixar...



Minha vida tem tomado outros rumos...Sem Liz, resta muito pouco com o que sonhar, muito pouco o que desejar, então como tudo agora ficou muito pouco, tenho aprendido a me contentar com isso. Como disse recentemente a uma amiga, de fato a gente só lembra de buscar mais a Deus quando estamos tristes. Então, é isso que tenho feito. Orado mais, ido mais a igreja, lido mais a biblía, tendado entender mais o que Deus quer com isso tudo.
As coisas continuam bem dificeis, a mesma dor, a mesma saudade, a mesma tristeza e a mesma solidão. Todo mundo sabe disso, mas é melhor fazer de conta que as coisas estão melhorando não é? Ninguem gosta de falar sobre coisas tristes o tempo todo. Luto todos os dias pra acordar, pra emagrecer, pra trabalhar, pra tentar sorrir, tudo isso pra que você, que entra aqui pra saber como eu estou, ache que eu estou um pouco melhor.
E estou. Estou melhor por que tenho tentado sair da toca, por que tenho amigos queridos e amores maravilhosos que cuidam de mim e que merecem que eu melhore um pouco. Por que tenho pensado na minha casa, no meu corpo, até quem sabe no meu futuro... Já disse, e retorno a dizer que aquela Jéssy que eu fui um dia já era...está lá com o corpinho de Liz naquele cemitério. Mas outra EU está aqui, semiviva, semitranquila, semialegre...
Numa entrevista ao fantástico, Ciça Guimarães disse que ela ia voltar a sorrir, mas que não seria a mesma gargalhada, que a alegria interior dela não seria mais a mesma. Entendo e concordo. Não dá pra ser feliz completamente como antes quando uma dor e uma tristeza desse tamanho já visitaram o seu coração. A gente tem medo...medo de esquecer e sentir de novo...medo de esquecer da pessoa que a gente tanto amou e que foi embora, além é claro de uma saudade terrivel que nem é bom você tentar imaginar...
Tantas coisa tem acontecido ao meu redor, algumas boas, outras ruins...muitas ruins...como as pessoas são más, rudes, sem noção mesmo...Mas, eu tenho que ir em frente... O meu Deus nunca falhará, talvez um dia chegue a minha vez...
Sem ela, muitas peças da minha vida perderam seus encaixes...é preciso rearrumar muito, e muito e de novo e mais outra vez pra que as coisas começem a se encaixar de novo. tudo novo de novo...Uma vez uma amiga me disse que eu tinha o dom de ser mãe, não só de ser mãe de Liz, mas de ser mãe. Acho que não...acho que eu tinha o dom pra ser mãe dela. Talvez, eu seja (se Deus permitir) mãe de mais alguem na vida, mas eu fui a melhor mãe que eu podia ser pra ela, dei tudo de mim pra ela e daria muito mais se pudesse. Ser mãe de Liz, não é o tipo de peça do quebra cabeça que varias outras podem ser encaixadas alí. Aquele encaixe era só dela, foi feito pra ela e vai estar vazio... pra sempre....

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