Mais um fim...

Mais um fim de ano... Olhando pra trás dá pra ter uma noção de como as coisas passam rápido... Lendo alguns posts antigos consigo perceber como minha vida mudou em tão pouco tempo...Novas experiencias, algumas dores, algumas derrotas, outras conquistas...Tudo diferente, tudo tão diferente...
Confesso que este ano estou com medo...Ano passado estava gravida de Ivy, ainda tava no comecinho e eu ainda me sentia profundamente triste mas não tinha medo do que haveria de vir...Esse inicio de ano me lembra muito o inicio de 2010, muita coisa boa acontecendo, novos horizontes, tudo prestes a ser mutio bom, mas de repente tudo desabou...Estou com medo e ponto, me chamem de descrente, de incredula, de fraca, de neurótica, mas eu estou em alerta...
DE qualquer forma, 2012 promete muito... Espero de coração que seja um ano bom de verdade, que os sonhos do nosso coração possam ser ouvidos pelo Senhor, e que minha filha continue crescendo com saude e em graça da presença de Deus,,,
Feliz ano novo a todos!!!

Um dia as coisas se encaixam...

 

                         Voltei a trabalhar. Se já estava difícil escrever estando em casa livre, plenamente exclusiva de dona Ivy, agora sendo multiuso não tá nada fácil... Sinto falta de passar minhas horas de solidão na frente do computador, lendo historias que me confortavam e me ajudavam a entender que não era só eu. Não sinto falta da solidão, entendam bem a frase!!!! Se bem que o silencio faz falta....
                           Ivy já caminha para os 5 meses, muito linda cheia de vida e saúde - Graças a Deus que é bom e misericordioso - é dengosa, apaixonada pelo pai e muito carinhosa comigo, enlouqueço quando estou longe dela, se eu pudesse nunca sairia de casa, mas o mundo não pára, os correios já voltaram da greve e as contas já chegaram....
                         A vida tem sido mais calma, as coisa vão aos poucos chegando pro seu lugar...O meu pavor, o cuidado(mesmo que eu tente ser discreta) ainda extremo e a insegurança me perseguem...Olho mãos, pés, barriga, costela...ainda olho várias vezes no berço quando ela fica quietinha só pra ter certeza que está respirando....paranóias de quem já perdeu muito....Mas ela tem sido simples e tranquila...
                        Tranquila em ser feliz e nos ensinar a ser feliz de novo, simples em aprender a rolar, a sorrir, a chorar de dengo...tão simples que não percebemos o quanto ela foi se espalhando nas nossas vidas, na nossa mente, no nosso dia a dia...Todas as coisas que um dia foram compradas para a irmã hoje parece que foram feitas pra ela...Um dia, uma amiga me disse que se sentia tão feliz em poder usar na segunda filha as roupas que o filho que a deixou não pôde usar, também me sinto assim, finalmente usando a blusinha que o papai tanto queria....
                       Resolvi reler alguns posts e percebi como Ivy veio de encomenda(risos), acho que o Senhor esteve comigo em cada post escrito e anotava em seu caderninho como ela tinha que ser...
                       As coisas vão se encaixando, na verdade, Ivy vai encaixando as coisas aos pouquinhos, nos ensinando que Liz veio,marcou e foi embora, deixando papai e  mamãe prontinhos para fazer dela a garotinha mais amada do planeta!!!

Continuando...

                    Tenho andado meio sumida, eu assumo... Mas a vida de mãe, esposa, mulher e profissional não é nada fácil...ser multiuso dá muito trabalho. Mas vou tentar atualizar os fatos...Ivy cresce a passos largos, gordinha,sorridente e muito esperta, aprende e nos ensina coisas novas a todo momento...Difícil é a mãe meio paranóica relaxar por completo, sempre com as anteninhas do disconfiometro ligadas...
                   Lá se foram 3 meses, e parece que foi ontem tanta coisa que já nos aconteceu...As vezes me pego cuidando de Ivy e me pergunto: será que não dormi ontem e sonhei com tudo aquilo?Eh, mas não sonhei não...Minha Liz descansa nos braços do Pai, uma memória tão presente, tão viva que se fechar meus olhos ainda consigo lembrar as coisinhas que ela fazia...A danada da saudade é um bicho sério, desconcerta a gente, desloca pra um lugar sem gravidade, sem tempo, sem musica nem cor...a gente fica suspenso, a um passo e ao mesmo tempo tão longe de quem a gente sente falta...
                  Ivy é um presente maravilhoso, tem me mostrado que não importa se eu tenho medo ou não, a vida vai continuar e muita coisa boa e ruim vai acontecer e eu não vou poder mudar isso...Ela vai chorar até estatalar...vai machucar o rosto com a unha, vai ficar gripada...e eu vou precisar aprender a gerenciar tudo isso...
                 Ser mãe é muito mais que ser feliz por ter um bebê lindo, é estar pronta quando as coisas ficam difícil,  então eu vou apenas continuando a aprender o que comecei com Liz...

Liz 2 anos, Ivy 2 meses...

Já fazem alguns dias que penso no que escrever hoje, na verdade em como estaria me sentindo hoje...Olhei as fotos, separei algumas e escolhi essas. Acabei descobrindo como tenho filhas lindas, como significam muito em minha vida. Cada uma em seu momento, cada uma em sua história...

Hoje Liz completaria 2 anos...como o tempo voa!!! parece que foi ontem que eu olhei aquele bebê rosinha e disse: ela parece com a minha vó!!! (risos) e parecia mesmo...depois foi mudando e tomando traços só dela. O dia mal começou e as lembranças cortam meu coração, não que hoje seja um dia diferente dos outros e por isso sofro mais hoje do que o resto dos dias, mas por que hoje era pra ser um dia diferente... Era pra ser um dia feliz, dia de roupa nova, de brinquedo novo, de bolo e docinho...era dia de festa na escola... 

Talvez você que lê esse post deva estar pensando: Meu Deus, ela tem um bebê novinho em casa pra quê ficar remoendo o que passou?! Então, talvez em vão, vou tentar explicar mais uma vez... Uma situação como essa é como um acidente de carro que te tirou uma perna, foi traumático, dilacerou a sua vida, mudou completamente o rumo do seu futuro, na época doeu, doeu muito e demorou pra sarar a ferida, precisou de muita força de vontade e desejo de seguir em frente, mesmo amputado, mesmo diferente do restante. Hoje aquele coto não doe mais, você aprendeu a conviver com a ausência da perna, se adaptou a sua nova condição, mas toda vez que olha a sua amputação você é capaz de lembrar como era bom ter as duas pernas, de tudo que você fez quando tinha aquela perna, de como doeu quando a perdeu...

Um filho é um pedaço de nós, não uma simples perna, mas um pedaço do coração. Liz levou com ela o pedacinho de mim que foi feito pra ela...A tristeza da sua ausência continua aqui, só não dói mais...por que a gente acostuma a não ter, a não ver, a não sentir...

Talvez Ivy não estivesse aqui se Liz continuasse conosco, mas está. E tem sido muito especial pra nós, é doce e fofa...Lembra a irmã é claro, afinal é filha do mesmo pai e da mesma mãe, mas como Liz tem traços que são só dela...Ivy nos devolveu o sonho, o presente e nos permite pensar num futuro, são dois meses de um novo momento, de um presente melhor do que eu tive nos últimos meses. e pra ela eu ainda tenho um pedacinho de coração especial, pronto e disposto a amar com toda força, por que ela, assim como a irmã, é a joia mais preciosa que eu poderia ter. Minhas filhas, minhas flores, minha vida...

1º mês

 

            Já fazem pouco mais de 30 dias que Ivy chegou pra mudar a nossa vida, mudar a rotina e a forma de encarar o futuro. A cada dia uma novidade, um ponto de vista que ainda não tinha da vida...e com ele o susto diario e o medo constante.
           Eu sempre soube que não seria fácil cuidar de uma nova criança, e sempre disse que tinha certeza que seria uma mãe paranóica, só não tinha sentido na pele o medo de passar por tudo aquilo novamente. Ivy graças ao meu bom e eterno Deus tem se mostrado uma menina muito saudavél e ultra desenvolta, mas a mãe sempre desconfiada fica atenta a todos os pequenos detalhes: se as mãos ou pés estão ou não roxinhos, se ela respira direito, de todos os reflexos estão normais... Outro dia, em um dos seus escandalos de fome, ela chorou e fez o que a gente costuma chamar de "estatalar", ficou tão vermelha que eu desesperei, chamei o marido, levantei, sacudi e ela, tadinha parou de chorar de assustada( eu acho) com o meu comportamento. Tremi por mais de uma hora.
          Eu sei, eu sei, não pode ser assim, criança percebe essas coisas e com fé em Deus não vai ser a mesma coisa...Mas vai dizer isso pro meu coração de mãe sofrido, marcado por cenas tristes e desesperadoras... o medo de ver outra filha da mesma forma que um dia eu vi Liz me apavora e me desespera....
           Ivy é um doce e tem me dado a chance de ser feliz e pensar num futuro melhor... Já se foram 30 dias, 30 dias bons, 30 dias de mãe novamente, 30 dias de um novo futuro... Parabéns meu amor, que Deus te proteja e cubra de bençãos sempre...Amém.

Motor 2.8

Hoje o Senhor me permitiu completar mais um ano de vida...Mais um pra encher a minha galeria de lembranças, esse teve um saldo bom. Ivy de presente antecipado fez com que essa data tivesse um gostinho diferente.... Não tive o prazer de passar um aniversário com Liz nos braços, mas ela estava na minha barriga quando fiz 26.

Hoje são muitas as lembranças, algumas boas, outras ruins... ainda não consigo me sentir plenamente feliz, apesar de estar me acostumando com a ausência e a saudade de Liz, ainda sinto falta de ser mãe de duas meninas, acho que vou sentir falta disso a vida inteira...

Ivy tem enchido os meus dias de amor, de alegria, de luz. Olhar aquele bebê lindo no berço e saber que é minha, minha filha, que Deus me deu de novo a chance de ser feliz me renova e me dá força pra continuar...

Apesar de perceber que mesmo lutando com tanta força tem coisas, ou pessoas, ou até situações que tentam me desestimular, minar minha confiança, mesmo assim Deus, Aquele em quem confio acima de todas as coisas, Aquele que é grande em poder para me tirar uma filha e me manter viva e forte para ver nascer outra, ele me sustentará e me manterá firme nos propósitos que Ele têm para mim.

Sigo mais velha, mais forte, mais experiente. Pronta para mais um ano que começa hoje!!!

O que Ivy significa?!

              O nome Ivy significa HERA, um tipo de planta daquelas que se enramam por onde passam. Assim aconteceu comigo, Ivy chegou se espalhando por toda nossa vida, cuidando de encher nossa vida de amor. O parto foi cheio de surpresas, surpresas das amigas queridas que encheram a sala do centro cirúrgico de mensagens, surpresas da anestesia que me fez sentir um bocadinho de dor, surpresas da minha mocinha que chegou linda, chorona e esfomiada.
             Os dias ao lado de Ivy tem sido cansativos e maravilhosos, ela tem olhos vivos e é muito ativa.  Como toda mãe que tem mais de um filho, acho nela algumas semelhanças com Liz, mas são muitas as diferenças... Não tem como confundir, Ivy traz a sensação de vida nova de esperança, enquanto Liz marcou um tempo bom mas difícil...
            Ainda me pego chorando, cantando musicas de ninar pra Ivy que um dia eu cantei pra Liz, a saudade ainda tá aqui, o amor ainda fica e ficará... Liz apenas foi embora, mas ela passou e marcou nossas vidas, e muito!!! nunca será esquecida, não deixará de ser amada...
            Agora Ivy chegou, e significa que a vida continua, apesar das minhas paranoias, dos meus medos, dos meus quase desesperos frente a situações simples. Vamos lá, dia após dia, revendo coisas que já tínhamos vivido com Liz e vivendo momentos novos que só Ivy nos proporciona.
           Ivy significa que a felicidade voltou, que ainda posso amar e ser mãe...

Esperando por Ivy

              Já está quase chegando a hora... Faltam menos de 15 dias para eu ver o rostinho da minha pequena, com quem deve se parecer? de que tamanho será? Terá cabelo ou será carequinha? Essas coisas que toda mãe pensa.... Ansiosa? É tô um pouquinho... Medrosa? Um poucão!!!! Ainda não sei como será a Jéssy mãe de novo, se vou me manter tranquilamente feliz como foi com Liz, ou virarei aquele tipo de mãe paranoica, que acha que tem que cobrir a nenem hoje por que o jornal anunciou tempestade para amanhã....
               Ivy, como já havia dito no post anterior, se mostra mais real a cada dia... Mas ainda vivo com meus dois pés atrás. Dessa vez me permiti coisas que não deixei quando Liz nasceu, Fiz fotos da barriga - bem verdade que ponderei bastante sobre isso, Parei de trabalhar bem cedo, me dei 4 meses de licença maternidade, fiz lembrancinhas.... Não que tenha feito por arrependimento, não mesmo. Tudo que fiz na época de Liz achava que era o melhor, não me achava bonita de barriga - não que me ache dessa vez - então achei melhor tirar fotos depois com ela, Trabalhei até o final por que aguentava trabalhar - dessa vez me sentia muito cansada - e foi bom assim, voltei a trabalhar com 2 meses - dessa vez me preparei melhor pra isso - por que a situação financeira naquela época era bem diferente e não fiz lembrancinhas por que me atrapalhei mesmo nas idéias e acabou não dando tempo....
              Acho que cada uma vai ter uma mãe diferente... Liz veio me preparar pra receber Ivy. Foi com Liz que eu aprendi a ser mãe, a ser feliz e com ela também eu aprendi a ser triste... Liz me mostrou as duas faces da moeda, me ensinou que eu posso receber de Deus tanto o bom quanto o ruim. Ivy recebe uma mãe moldada, moldada pelo amor e pela dor... uma mãe que sabe que ela não vem pra tomar lugar de ninguém, que não vai se parecer com ninguém, nem vai suprir a falta que a irmã sempre vai fazer. A mãe de Ivy espera Ivy só pra ser mãe dela, pra ama-lá com todo amor acumulado que tem e com a ansiedade de quem espera cada filho como se fosse o primeiro.
         

Ivy, o chá e os amigos....

                  No ultimo dia 04 nós fizemos o chá de fraldas de Ivy, tudo com tema de fazendinhas e comidinhas típicas da roça... Um sucesso!!! A primeira vez em tempos que me senti alegre, cercada de gente que eu amo, vivendo um dia feliz, legal, que deu tudo certo!!!
                 Pela primeira vez Ivy me pareceu real, me pareceu próxima e me deu uma ponta de confiança que dias melhores podem chegar... Foi muito bom ver aquele salão cercado de crianças, os meninos enlouquecidos pelo pula pula, destruindo bolas e as mães correndo atrás... Me senti em casa... É como se por dentro eu sentisse é isso, eu faço parte desse mundo!!!
                 Amo meus amigos, a cada dia que passa eu percebo cada vez mais como meus amigos são pessoas importantes na minha vida, pessoas que estão do meu lado em todos os momentos, que fazem valer nossos sonhos, e nos ajudam a sobreviver momentos dificeis...
                  Esse post é só pra dizer que, não importa como anda minha "casca", importa como anda meu interior, e como as pessoas que gostam de mim de verdade são importante pra um futuro melhor!!! Amo meu marido, ele me ama, somos uma família, temos filhas lindas e amigos maravilhosos, Tudo vai melhorar um dia....

NÃO SERÁ MELHOR DAR UM PONTO FINAL?!

                Estava pensando, talvez fosse melhor fechar o blog para balanço... Algumas pessoas tem feito comentários um pouco, como diria, invasivos... Desde o inicio eu sempre disse que era uma forma de desabafo, um diário - aberto demais, mas um diário.

                Agora já me vi sendo chamada de louca, doente, já me mandaram procurar um médico, já disseram que estou gorda e descuidada, que meu marido talvez pense em procurar outras...risos...

                Engraçado o que o povo chama de "conselho", o pior é que normalmente esse tipo de gente diz que nos conhece, que é nosso amigo... tudo bem, cada um diz o melhor que consegue pensar não é?! O fato é que, acho um pouco demais... No dia a dia corro desse tipo de comentário, e muito mais desse tipo de gente....

               Tenho certeza que vou receber comentários de todos os gostos depois desse tópico, mas fazer o que... dei minha cara a tapa a alguns meses quando comecei com o blog, mas agora acho que tá um pouco demais...

               Vou amadurecer mais a idéia, mas tô pensando mesmo... Talvez seja melhor dar um ponto final mesmo....

Chove chuva....

Gosto muito de tempos de chuva... Parece que as pessoas se acalmam, andam mais devagar, a gente tem tempo para pensar... Gosto de me enrolar no edredom, de usar meias pra esquentar os pés, de beber chocolate quente com um bolo de milho...

Tenho pensado bastante na minha vida, e tenho percebido o quanto ando introspectiva... Me sinto mais confortavel em só pensar, em não dividir meus pensamentos meio toscos, meus medos recorrentes e minha insegurança quase explicita... Ivy já cresceu absurdamente, em julho deve estar por ai, msa confesso que se pudesse esperar um pouco mais (risos)... A verdade é que com ela aqui na minha barriga, EU me sinto protegida. Tenho feito ultra sons recorrentes, exames de sangue, ecocardiograma fetal. Tudo bem graças a Deus!

Ainda me pego imaginando como será o futuro, o dia de amanha, o mês que vem, o ano que vem e sempre acabo imaginando o pior, na verdade me preparando para o pior. Uma amiga esses dias me disse que as vezes parece que eu vivo esperando a bomba atômica cair no meu telhado, e por que não poderia?! No que sou especial pra que ela venha a cair no telhado do vizinho e no meu não?! Melhor ter um abrigo subterrâneo, por que se ela chegar, eu tenho pra onde me esconder...

Esse final de semana já é dia das mães, sim, e eu com isso?! Ainda não  me parece uma data apetitosa, mesmo com minha mãe empolgada, minha irmã recem parida, minha melhor amiga tambem e 90% das mulheres a minha volta contando como será o domingo com seus rebentos, não me sinto mãe...

Ou melhor, mãe sem filho não tem o que comemorar, não é mãe, não tem graça... Não quero presentes, não quero sorrisos, não quero nada...

Tá, estou gravida. Sim, e ?! Tambem passei um dia das mães grávida de Liz, ainda me lembro... Saimos para almoçar num restaurante perto de casa e na hora da sobremesa eu disse: Ano que vem teremos uma cadeirinha aki do lado e uma mocinha dizendo: dá!

E houve?! Onde eu estava no ano seguinte?! Eu me lembro bem de todos os meus sonhos frustados, os planos que foram chuva a baixo... Eu prefiro agora esperar... Ivy não nasceu, e agradeço a Deus até aqui por sua saude e seu desenvolvimento tranquilo, no domingo agradecerei por me permitir pela segunda vez carregar uma vida na barriga. Mas certamente não vou querer estar cercada de mães, dos filhos de suas mães e de uma alegria que ainda não conheço...

Espero que chova no domingo, ai vou poder ficar enrolada no meu edredom, usar meias pra esquentar os pés e quem sabe tomar um chocolate com um bolinho... Não me levem a mal... Ainda chove na minha vida, mas deixa chover, é bom... faz a gente pensar...

Eu queria....

                  Eu já quis tanta coisa nessa vida... Já quis ter irmão, já quis morar sozinha, já quis ser da marinha, quis ser loira, quis ser baixinha, quis ser famosa, modelo, apresentadora e manequim...

                Já quis ser muito inteligente, mas muitas vezes preferia ser bem burra...Já quis ser rica, aliás...acho que ainda quero...(risos)Já quis correr maratona, já quis ser pugilista(até tentei), já quis ser professora de inglês(esse eu tambem tentei...). Já quis tanto...

               Mas acima de tudo isso eu quis uma familia. Não que eu tivesse crescido sem pai nem mãe, ao contrario, os tive e bem presentes...Mas queria formar a minha, do meu jeito, com as minhas manias... Um marido carinhos e que me amasse e filhos.. Uma casa bonita, clara e arejada com um balanço no quintal e uma casa na arvore..ah, e cachorros...um casal de preferencia...Flores no jardim, com uma daquelas plaquinhas tipicas: "Aqui mora uma familia feliz!".

              Tudo o que eu fiz foi sempre em busca disso...Ainda corro atras desse sonho... A vida dá voltas que a gente não entende, e nem é bom tentar... A casa vai chegar( e eu espero que seja logo hein construtora!!!),  o marido Deus me deu (EU TE AMO MOMINHO!!!), filhos...ah isso ai o bicho tá pegando...ainda paro pra pensar por que logo nesse ponto nossa vida deu uma emperrada... Podia ser a casa... O marido não, ah nisso ai a vida não podia emperrar de jeito nenhum... Mas nos filhos...

            Liz veio me dar a esperança de ser uma mulher melhor, de ser tudo aquilo que eu queria ser e tambem de não ser tudo o que eu desgostava....É dificil se sentir sozinha, perder a esperança, não saber o que fazer do dia seguinte....

            Então veio Ivy, com tanta responsabilidade tadinha....Ela ainda nem terminou de "se arrumar a si mesma" e o povo quer que ela me arrume?!  Ivy me faz sentir de um jeito que eu não consigo explicar... As vezes me pego trocando nomes, outras fazendo de conta que ela não está aqui...mas essas vezes são bem raras por que o tanto que ela mexe nem me dá tempo de esquecer...

            Algumas vezes como hoje, perco o sono pensando em coisas que tenho que fazer pra ela: Chá de Fraldas, roupas, paninhos e até em festinhas de mês e de um ano....Mas ai logo em seguida me bate um medo profundo, eu apago todos os planos e só peço a Deus que tenha misericordia da vida dela....

             Ivy me põe bastante ansiosa...Por que ainda me faltam 15 semanas pra descobrir como será o meu fututro... Por que com Liz eu achava que sabia de tudo, como seria no 1º ano, em qual escola ela estudaria, e como reagiria ao primeiro namorado... Depois de tamanha rasteira, não sei como será com Ivy. 

            E não me venham com "tudo será lindo, vai dar tudo certo", por que todo mundo sabe que existe 50% de chances de não dar nada certo.... entendam, não é que eu esteja achando que vai dar tudo errado, até por que se eu achasse isso não tinha pagado pra ver e engravidado de novo...Mas eu preciso estar pronta pro que der e vier...

               Eu só sei o que eu queria... Hoje, eu queria dormir e acordar em julho de 2012 com uma vozinha chorando: mamãiiiiiiiiiiiii....

O primeiro ano...

          A quatro anos atrás uma hora dessas eu estava a caminho de Gramado, em plena lua de mel, deslumbrada com as maravilhas que viveria apartir daquele dia, com o homem que eu escolhi pra viver o resto da vida ao meu lado... Era tudo lindo, a festa tinha sido linda e eu estava muito feliz, era 24 de março de 2007, o inicio das nossas vidas....

           O primeiro ano, não foi nada facil., Apesar de 5 anos prévios de namoro, adaptar manias e pensamentos foi bem dificil, mas sobrevivemos muito bem...Começou a ficar normal, então que tal termos um filho? e fomos em busca... No final do 2º ano ela já estava aqui crecendo na minha barriga e a felicidade era tamanha, a continuação da nossa história, uma criança que amariamos e educariamos da melhor forma que pudessemos...

             E foi assim que vivemos todo o terceiro ano do nosso casamento, em função dela. Da sua gestação, depois da sua chegada, do bem estar dela, da alegria dela...infelizmente depois passou a ser em função da saúde, da recuperação dela.

             Ainda me lembro da mensagem de felicitações do nosso terceiro aniversario de casamento... Eu tinha acabado de deixar ela dormindo na UTI, desci pra tomar café da manhã com outras mães no refeitorio do hospital quando o celular apitou a mensagem amorosa do meu marido de feliz aniversário de casamento....

             O nosso 4º ano começou com a morte dela... Belo presente de aniversário de casamento!!! Quantas vezes repeti isso sozinha... Quantas vezes lembrei dos planos que fiz quando casei, dos sonhos que imaginei estar realizando quando tivesse 3 anos de casada....

              Agora completamos 4 anos de casados, e hoje um ano que ela se foi...As comemorações nunca mais existirão, não teremos bodas de prata ou coisa do tipo... Eu não faço questão... Vou sempre lembrar que minha filha vai estar mais um ano longe de mim no dia seguinte...

            Ainda me lembro das noites que dizia: Mô, daqui a pouco tempo ela estará aqui no meio da gente na cama....Depois de ficar horas deitada olhando pra ela dormir entre nós dois...É dificil ter que lembrar de passar noites em pé ao lado da cama dela em um hospital.... Da noite que passei velando um caixãozinho, esperando a hora de enterra-la....

            Eu sei que é dificil para as pessoas entenderem esse tipo de sentimento, afinal Ivy está aqui, vai encher nossa vida de alegria de novo e a vida continua não é?! É, mas Ivy, não é Liz...Ivy não apaga o que vivemos e o que sofremos por Liz, e por mais que a amemos e vamos lutar pra fazê-la feliz como fizemos com Liz, ela sempre terá uma irmã que veio antes dela e que tem uma historia... Ela sempre vai ver a mãe ficar triste e chorar quando falar sobre esse assunto, ela sempre vai saber que nos dias 15 de setembro e 25 de março precisa deixar a mãe dela sofrer a dor de não saber como seria se tivesse as duas filhas perto dela.... Ela vai entender que os pais dela não comemoram aniversarios de  casamento com a mesma emoção de outros casais por que perderam uma filha nessa data...

            Ivy chega pra ser Ivy, não pra ser Liz. A mãe de Ivy continua sendo a mãe de Liz, que chora como se tivesse acabado de perder a filha, que ainda sente o mesmo desespero que sentiu no dia que a viu fria e sem vida em cima de uma maca...

          É só o primeiro ano, o primeiro ano que vivi em função da morte dela... Apartir daqui além da morte dela teremos a vida de Ivy pra viver em fnnção, e da mesma forma que o nascimento de um filho não diminui o amor pelo outro, Ivy não substitui Liz... É só o primeiro 25 de março depois daquele 25 de março...Como serão os próximos?! não sei... O que sei é hoje, olhando pra esse ano que passou, as coisas que escrevi e o que me diziam, de uma coisa posso ter certeza:  A DOR NÃO PASSA!!!

         A saudade não diminui, o tempo não abranda muito a ausencia....A diferença é a distancia em que ela se encontra hoje de mim...no dia 25 de março de 2010 tinham poucas horas que eu a tinha visto, beijado e abraçado. Hoje já faz 1 ano que nunca mais pude tocar a minha filha.....e ainda é só o primeiro ano...

Meu mundo em cor de rosa....

Bom, como prometi, estou aqui hoje pra falar um pouco desses dias de "abandono" do blog...

Esse post, comecei a mais de um mês, mas precisava ordenar minha cabeça e confirmar algumas coisas primeiro pra depois conseguir escrever melhor...

          Hoje confirmei de fato a noticia: Teremos outra menina!! Isso mesmo, estou gravida de mais uma menina, dessa vez: Ivy. Hoje ela já tem quase 23 semanas e já me dá uma consideravel barriguinha. Meu marido sempre disse que achava que todos os nossos filhos iriam se parecer, que todos pareceriam mais comigo... Bom, pelo menos no nariz nem Liz,nem Ivy fugiram a regra... desde cedo já dá pra perceber o nariz empinadinho das meninas...

           Desde que descobri que era menina já ouvi algumas "besteiras boas" do tipo: eu estava orando pra que fosse uma menina! (como se um menino não fosse tão bem vindo quanto, ou como se uma menina substituisse Liz). Como já tinha dito antes, ter uma menina me pouparia alguns gastos e isso é verdade, hoje posso me dar ao luxo de comprar algumas besteirinhas por já ter o básico...

            Minha cabeça?! Bom, isso ai ainda continua uma loucura...acho que nunca mais verei os meses de fevereiro e março da mesma forma... Lembro de cada data, cada momento, cada dor... e todos os dias que acordo lembrando onde estava ano passado a essa hora, eu peço a Deus que tenha misericordia de Ivy...

             Esses dias tentei ver que roupas poderia usar... tenho medo de não conseguir usar nenhuma...muita historia em cada peça... O fato de ter uma menina chegando me assusta um pouco. Uma menina, que pode se parecer com ela, com as roupas dela, mas que não é ela!!!!

           Tenho medo de reagir ou achando e fazendo de conta que é Liz, ou instintivamente acabar caindo numa derpessão pós parto, do tipo não me apegar para não sofrer.... E isso não é uma coisa que eu tenha controle...as vezes me pego falando ao marido: Amor, se tu perceber que eu to ficando doida, tu me ajuda....

            Ivy desde já me mostra que não é Liz, tem as manhas dela, horários diferentes e com certeza mexe mmmmmmmmmmmuuuuuuuuiiiiiiiitttttttoooooo mais... Não se deixa ver facilmente no ultra som, só fica na posição que quer e só mexe quando quer... Parece que vamos ter alguem com a personalidade parecida com a da mamãe (risos).

           Bom, é isso...março ainda me traz tristeza, a pouco tempo uma amiga perdeu sua filha e ao vê-la ela me disse: Ô amiga, lembrei tanto de você hoje...ano passado era você, agora sou eu...

           Isso doeu demais, saber tudo pelo qual ela ia passar, toda tristeza, toda dor...março levou mais uma filha querida, mais uma familia ficou estraçalhada pela dor da perda... E nós não podemos fazer nada... Só continuar vivendo... E eu sigo aqui, no meu mundo cor de rosa, rosa de Liz, rosa de Ivy...

Tempo curto, poucas palavras...

Gente, desculpa a demora de dar uma satisfação por aqui...
Fico dias imaginando o que escrever, mas é tanta coisa que não sei por onde começar...
Fevereiro e março são meses dificeis e tenho tido a tendencia de pensar coisas tristes, logo vou escrever de uma forma muito depressiva... bom, vou esperar dia 15 de março chegar, confirmar uma coisinha e aí volto cheia de estorinhas desses meus 2 meses em silêncio...
Não sumi, ainda estou viva, ainda sofro e choro...
Umas coisas melhoram, outras pioram e a gente segue a vida....
Volto já já, pra gente conversar melhor....
Abraços aos que sentiram minha falta....

A mala...

         Janeiro já está quase indo embora, pouca coisa mudou nesse inicio de ano, exceto minha barriga que cresce num ritmo um tanto assutador... e as gordurinhas que a cercam que me fazem desconhecer a mulher que vejo do outro lado do espelho... Engordei demais em pouco tempo, o suficiente para ouvir reclamações de obstetra à ultrassonografista, tenho consiencia dos meus excessos, mas controle?! bom aí já é demais...
          Nunca imaginei que teria meu nivel de ansiedade triplicado....como deixei de ir ao psicologo( bom nem sei se mencionei que fazia terapia a meses...talvez não fosse necessario mencionar...) meu já diagnosticado e não medicado "transtorno de ansiedade compulsiva" tenha piorado muito... Nem sei se posso tomar medicação grávida, mas já que ele achou melhor não me dar remédios, acabo curando minhas magoas na velha e boa comida, fazer o que?!
         Já estou com quase 4 meses e ainda me sinto estranhamente "não grávida", esse sentimento só muda quando faço um ultra som e me sinto estranhamente "abobalhada" ao ver que tem alguem se mexendo(e muito!) dentro da minha barriga... Impossível não lembrar de Liz o tempo todo, impossivel não falar dela, impossivel não comparar sensaçãoes, emoções, compras e enxovais...
         Ainda não sei se virá outra menina, ou um menino...as vezes nem queria saber... Mas o mundo me cobra demais por uma resposta, então quem sabe mês que vem teremos uma? esse mês, o já genioso bêbe não quis dár o ar das graças, ou melhor, das pernas abertas...
          A dor fica a cada dia mais solitária... Ninguem mais compreende o choro, a falta...nem mais aqueles mais proximos... Tudo bem...Tenho me acostumado com a solidão, sempre gostei de ficar sozinha, de olhar pro teto e contar telhas, pensar num futuro que nunca acontecerá, lembrar de um passado que um dia foi bom ou ruim, e imaginar que poderia ter agido de outro jeito... As vezes olho pro lado e sinto falta de medir o espaço entre eu, ela e o marido...de conferir se está coberta, quentinha...
           Algumas coisas desagradaveis continuam acontecendo na vida, coisas que me entristecem muito e que me fazem me sentir de lado, sozinha de verdade e solta no mundo... Ontem pensei sozinha na cama: -"Se ela estivesse aqui tudo seria diferente...", Talvez essas coisas não acontecessem, talvez eu não me deixasse abalar tão facil, ou quem sabe nem me importaria, ela estava ali e me bastava...
           Mas não.. ela não está.. dói demais, senti um vazio maior que todos os dias... então fiz uma peripercia que só a condição de estar sozinha de madrugada me proporcionou... peguei uma escada e coloquei em frente ao guarda roupas. Fiquei olhando pra ela alguns instantes imaginando se teria mesmo coragem. Tive. Subi. E com algum esforço puxei lá de traz meu passado, um ano inteiro de sonhos, alguns meses de um passado realizado e varios meses de um futuro que nunca vai existir...
         Quase caio, quase sorri...não fiz um, nem outro. Segurei com força e desci...Sentei-me na cama e fiquei olhando...Será que estou preparada? Será que isso não vai me fazer mal? Decidi enfrentar... As coisas ainda tem o cheiro dela, talvez seja o cheiro de todos os bebês, mas aquelas coisas tem o cheiro do meu bebê, tem o cheiro dela. Lembrei do dia que comprei cada peça, dos amigos que deram outras, dos dias que usamos, e das que nunca chegamos a usar...
          Chorei, chorei muito... Lamentei tudo aquilo não ter mais uma dona... Abracei fraldas e ninei vestidos, arrisquei pôr alguns chapéus na cabeça, meias nos dedos e tudo de volta nas gavetas... Mas olhei ao redor, o silencio de companhia, os sacos fazendo zuada, lembrando pra que eles servem... Não adianta mais... e se for menina? Arrisquei procurar alguma coisa, não deu...tudo foi pra ela.. não seria justo fazer de outra menina uma sombra, não dizer: - Comprei essa roupa pra você!!!! não, não seria justo...
           Respirei fundo, e cheirando uma a uma, guardei cada peça com dor e cuidado... Chorei mais... E por mais que as lágrimas não cáiam dos meus olhos, meu coração chora o tempo todo de lembrar que tudo o que eu sonhei um dia, virou uma mala de roupas em cima do guarda roupas...

Tudo novo, de novo....

Desde o dia 01 que tento escrever alguma coisa sobre esse ano novo.... A verdade é que só consigo me sentir aliviada por 2010 ter terminado. Para mim foi um ano terrivel, de mudanças não planejas e nem um pouco agradáveis. Verdade que começamos muito bem, afinal janeiro de 2010 foi um mês perfeito, que nos deu a impressão de que teriamos um ano ótimo...E agora no finalzinho, compramos nossa casa e recebemos a noticia da chegada de um novo bebê...

O problema é que, o decorrer do ano deixou marcas tão profundas, que não consigo sentir muita alegria pelos poucos momentos de alegria...

Agora, um ano novinho em folha...a mesma coisa que disse no inicio de 2010... Cheio de surpresas, cheio de novidades.. Serão elas boas ou ruins?! Quanto a casa, ainda aguardaremos o ano todo, acho que essa talvez seja uma comemoração para 2012. Quanto ao bebê, cresce em paz, Graças a Deus!!! Ainda morro de medo a cada ultra som, minha pressão sobe a cada consulta e a ansiedade já me fez engordar mais do que deveria...

A cada dia que se passa, a medida que fevereiro se aproxima, meu coração aperta... A sensação é que no dia 10 vou passar pela mesma coisa... CArnaval sempre será um periodo tenso, fevereiro e março então... Nunca mais terei um aniversário de casamento puramente feliz.... Sempre lembrarei, do café da manhã no refeitório do hospital, a mensagem que meu marido me mandou pelo celular, a traqueostomia programada para aquele dia que não foi feita... A ultima noite que não passei ao lado da minha filha....

Envelheci tanto em 2010... Não me acho mais bonita...Nao consigo mais ser bonita.... Alguem disse por aqui que tenho me feito de vítima, de doente... Bom, eu prefiro deixar que cada um pense o que quiser sobre mim... Vai mudar alguma coisa do que sinto ou do que sou?! acho que não.... Quem me conhece sabe como me comporto e como sou de verdade....

Isso aqui é só uma forma de dizer a verdade,de dizer a minha verdade, sem precisar fingir,sem precisar sorrir sem querer, nem chorar e ser mal interpretada... Uma amiga disse uma vez que as mães que perdem seus filhos são guerreiras...E são mesmo, muita gente não aguentaria passar por  metada da dor, dos conflitos internos, das duvidas,dos medos, de toda loucura que vira nossa vida....

Perder um filho, não é como perder um cachorro... Que você pode até chorar, ficar triste, mas logo logo outro vem pro lugar e você esquece do primeiro. Você espera 9 meses, cria expectativas, se apaixona pelo rosto, pelas manias, pelo cheiro, o sorriso é encantador... As vezes acho que um filho é como um predador para mãe, tudo em um bebê atrai a mãe... É impossivel, se você não tem filhos, compreender o significado do olhar fixo que uma criança tem pra mãe, da mão em cima do peito quando mama.

Quando seu filho chora, que você pega no colo e ele cala, é uma sensação de plenitude, de capacidade, não sei explicar bem, mas é maravilhoso ser mãe... Faz você flutuar... Só de lembrar disso me sinto plena, e ao mesmo tempo me sinto tão triste por ter sido podada...

Tenho muito medo de passar por tudo de novo, e as vezes acho que tenho me resguardado demais em relação a essa nova gravidez por conta disso... Mas vamos aguardar as surpresas de 2011, afinal, depois da tempestade,o normal é vir a bonança não é?

Feliz Ano Novo pra você!!!